Nos últimos anos vários estudos revelaram que não é bem assim, mas como tudo na vida, nada é tudo bom nem tudo é mau, mas há coisas que possuem bem mais benefícios que maleficios.
As pessoas normalmente ficam algo confusas com as dietas altas em hidratos de carbono e gorduras, que são terríveis para o corpo, quer a nível de saúde quer a nível de composição corporal. Por norma quando comemos muitos alimentos que contenham gordura em doses algo elevadas e açúcar na mesma medida, como centenas de produtos que encontramos nos supermercados, estamos a entrar deliberadamente no problema.
Então decidimos enveredar por uma alternativa diferente e seguir uma dieta cetogénica. Tem sido demonstrado que uma dieta cetogénica é mais saudável e eficaz do que dieta com pouca gordura quando desejamos baixar o percentual de gordura corporal. Quando comemos alimentos ricos em hidratos de carbono, o nosso corpo naturalmente produz glicose, e a glicose é o substrato energético mais fácil para o corpo processar, e, portanto, ele irá usá-la em primeiro lugar, resultando no facto de o excesso de gordura ser armazenado imediatamente, o que provoca aumento de peso e de problemas de saúde que estão associados com dietas altas em gordura e altas em hidratos de carbono, mas não a uma dieta cetogénica.
De qualquer forma como que a modos de precaução, deveremos sempre consultar com o nosso médico para verificar se teremos alguma condicionante em começar uma dieta cetogénica, tendo especial atenção a antecedentes familiares associados a problemas nos rins ou condições diabéticas, uma vez que o maior consumo de proteína poderá colocar trabalho extra aos rins.
Colesterol alto, açúcar elevado no sangue e doenças cardíacas não serão factores que precisemos de nos preocupar. Dietas altas em gordura e baixas em hidratos de carbono estão comprovadas cientificamente que melhoram o colesterol, baixam o açúcar no sangue e reduzem o risco de doenças cardíacas.
Então o que acontece de “mau” com o nosso corpo quando iniciamos uma dieta cetegénica?
Basicamente teremos uma dor de cabeça persistente durante os primeiros tempos da dieta pois o nosso organismo está habituado a processar hidratos de carbono e utiliza-los para energia, e ao longo do tempo o mesmo adequou-se a utilizar um determinado número de enzimas para auxiliar no processo, bem superiores às que utiliza para lidar com a gordura, e então de repente tudo muda (muito menos hidratos de carbono e muito mais gordura), o que significa ter de adoptar um esquema enzimático completamente diferente.
À medida que no induzimos num estado cetogénico, o corpo naturalmente usará o que resta da sua glicose, significando que esgotará a maioria das reservas de glicogénio, o que pode causar falta de energia e letargia gerais, sendo que nas primeiras semanas muitas pessoas se queixam de:
Então basicamente teremos todos uma semana com o período, mais dia menos dia, o que ocorre verdadeiramente devido a, na maioria das vezes resultado da libertação de electrólitos derivado do efeito diurético da cetose. Devemos certificar-nos de beber muita água e manter o consumo de sódio algo bem alto para ajudar a reter água no corpo e com ela electrólitos importantes para as funções vitais.
Para uma pessoa que está a começar uma dieta cetogénica, comendo 25-40 gramas de hidratos de carbono por dia, o processo de adaptação total levará cerca de 2 semanas, então aconselhamos a reduzir os mesmo para menos de 15 gramas para garantir que a entrada em cetose em cerca de uma semana.
Iremos com certeza notar que perderemos inicialmente alguma força e resistência até que o nosso organismo se adapte a utilizar as cetonas como fonte de energia e então os nossos níveis normais retornaram e até diversos estudos sugerem que o farão em alguns casos num nível superior, mantendo a energia estável ao longo do dia, sem os habituais “crashs” derivados ao consumo de hidratos de carbono.
![]() | José Quinta |
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